Parece que desta vez, o maior acelerador de partículas do mundo, o LHC - Large Hadron Collider vai realmente começar a trabalhar. Com um orçamento de 4 bilhões de euros, é a maior máquina do planeta, com perímetro de quase 27 quilômetros e um total de 9 300 magnetos supercondutores no seu interior.
Não é apenas o maior acelerador de partículas, mas também um dos maiores sistemas criogênicos, em que a temperatura dos ímãs chega a quase -271 º C, usando quase 10,080 toneladas de nitrogênio líquido e 60 toneladas de hélio líquido. No entanto, o LHC é também uma máquina de extremo calor, porque quando dois prótons colidem, ele gera uma quantidade de calor 100 000 vezes maior do que o núcleo do sol.
O LHC também terá o maior sistema de detecção jamais construído. Será capaz de detectar e economizar cerca de 600 milhões de colisões de prótons por segundo e medir o movimento de partículas e tempo com uma precisão espantosa. Só para você ter uma idéia geral da resolução métrica e de tempo, você teria que dividir o metro em vários milhões e o segundo em vários bilhões, para adequar a capacidade do LHC.
Além disso, um sistema de tal magnitude também terá a maior estrutura computacional jamais reunida. A quantidade de informação produzida por cada um dos experimentos grande feito no LHC ocupará cerca de 100 000 DVDs de dupla camada por ano.
Entre muitas outras coisas, um dos principais objetivos do LHC é tentar explicar a origem da massa em partículas elementares. Para isso, ele vai contar com cerca de 2 mil físicos de 35 países e dois laboratórios independentes, o JINR (Instituto de Investigação Nuclear) e o CERN (Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear).
Alguns cientistas acreditam que este equipamento pode provocar uma catástrofe de dimensões cósmicas, como um buraco negro que acabaria por destruir a Terra. Seria capaz de causar a formação de quarks estranhos; produzindo uma reação em cadeia que geraria "matéria estranha", que poderia ser capaz de converter a matéria ordinária em matéria estranha, produzindo assim uma outra reação em cadeia que transformar completamente o planeta.
Nesse meio tempo, se um buraco negro fosse produzido dentro do LHC, que seria o tamanho de um milhão de vezes menor que um grão de areia, e não duraria mais do que 1x10 ^ -27 segundos. Mas, supondo que ele permaneceria estável, ainda seria inofensivo. Este buraco negro teria sido criado à velocidade da luz (300.000 km por segundo) e, em menos de um segundo, ele escaparia as paredes do LHC e se moveria em direção ao espaço. A única maneira que permaneceria na Terra seria se a sua velocidade diminuísse para 15 km por segundo. Supondo que viesse a ocorrer, seria ir para o centro do planeta, devido à gravidade, mas continuaria a não ser ameaçador. Para representar qualquer perigo, teria de adquirir massa, mas, com o tamanho de um próton, ele passaria pela Terra sem tocar em nada. Para chegar a uma miligrama de massa, seria necessário mais tempo do que a idade real do universo.
O LHC pode destruir o mundo?
O LHC permitirá que os cientistas observem colisões de partículas em um nível de energia muito mais alto do que em qualquer experiência prévia. Algumas pessoas se preocupam com a possibilidade de que essas poderosas reações causem sérios problemas à Terra. De fato, algumas estão tão preocupadas que abriram um processo contra o CERN em uma tentativa de adiar a ativação do LHC. Em março de 2008, Walter Wagner, que trabalhou no setor de segurança nuclear, e Luis Sancho foram os autores de um processo aberto no tribunal federal distrital dos Estados Unidos no Havaí. Eles alegavam que o LHC poderia destruir o mundo.
Qual é a base dessa preocupação? O LHC poderia criar algo capaz de destruir a vida tal como a conhecemos? O que exatamente poderia acontecer?
Aqui algumas imagens do LHC:
